As mães solo, ou seja, aquelas que criam um ou mais filhos sem a presença da figura paterna, além de enfrentar as dificuldades do dia a dia, muitas vezes são vítimas de preconceitos e julgamentos.
Por muito tempo, acreditou-se, por exemplo, que filhos criados por mães solo poderiam ter baixo desenvolvimento, o que poderia afetar sua qualidade de vida. Além disso, elas eram seriam consideradas crianças infelizes e problemáticas.
No entanto, um estudo realizado por pesquisadores da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia acaba de vez com esse mito.
Divulgada em julho de 2017, a pesquisa esclarece que crianças que crescem em famílias monoparentais (com apenas um dos pais) são tão saudáveis quanto aquelas que pertencem a uma família composta por dois pais.
Filhos criados por mães solo
Para chegar a esse resultado, os cientistas compararam famílias compostas por dois pais e outras com apenas mães solo. Foi possível concluir que os filhos das duas configurações de famílias não apresentam diferenças significativas entre si, e que seu bem-estar não é influenciado pelo fato de serem criados por uma ou duas pessoas.
O estudo também indica que crescer com uma mãe solo não afeta a autoestima ou a personalidade dos filhos, nem os torna vulneráveis. Ao contrário: foi demonstrado que as mulheres que exercem a maternidade sem uma figura paterna também criam filhos muito fortes e autoconfiantes.
Os pesquisadores afirmam que há estudos que mostram que crianças com famílias separadas desenvolvem comportamentos problemáticos.
No entanto, os comportamentos tidos como inadequados não têm nada a ver com crescer com uma mãe solo. O que realmente causaria problemas é testemunhar brigas e conflitos entre os pais, incluindo casos de violência doméstica.
A “família certa” não é aquela chamada “tradicional”, composta por pai, mãe e filhos. A família ideal é aquela em que o amor e o respeito estão presentes, independentemente da configuração.